quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Pra desafogar.



Esses dias de carnaval me deixam feliz. Na teoria me sinto alegre e pré-dispoto para a diversão, para a libido, os amores proibidos. No entanto, não é isso que tem percorrido os confins do meu mundinho. Um ar de tristeza e solidão tem perfurado meu coração como uma britadeira no auge da sua profusão sonora. Sentimento recorrente que tem, insistentemente, afastado os acontecimentos bons da minha linha de pensamento. É, eu preciso aprender a ser só, ver que a despeito do que se encontra em meu pensamento, é possível coexistir com esse sentimento de vazio que preenche todo meu espaço. Sem falar no fato de que quanto mais eu procuro, menos eu acho e, talvez, essa seja a resposta para a dúvida de que o desejo de me apaixonar seja o que impessa que eu veja a paixão nas pessoas e faça eu me perder nas próprias ilusões.

O carnaval veio como deveria vir e foi como eu não gostaria de ver. Resta saber se o que se estende de outrora vai fazer frente ao agora e ao que há de vir.



Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.


Passamos pelas coisas sem as ver
Eugénio de Andrade

domingo, fevereiro 22, 2009

Desencanto

Desencanto
Manuel Bandeira

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue.
Volúpia ardente...Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

sábado, fevereiro 14, 2009

Até Quando?

A polícia da Suíça não descarta a hipótese de a brasileira Paula Oliveira, de 26 anos, ter praticado automutilação. Ela diz que teria abortado após ter sido atacada por neonazistas na última segunda-feira (09/02).




“Tinha gente lá há três, quatro dias sem tomar banho porque eles não disponibilizam meios de a gente estar tomando banho. A comida que serviram para a gente era comida estragada. Serviram iogurte que tinha vencido no mês de março”, disse Fernanda.

O episódio lembra o caso dos muitos brasileiros deportados da Espanha no início deste ano. Foram muitos os relatos de maus tratos e de comportamento arbitrário por parte das autoridades espanholas.

O Itamaraty disse que o número de brasileiros deportados está dentro da média. Hoje são três por dia. No início do ano eram 15.




“A melhor qualidade do carioca é a hospitalidade. O carioca é muito hospitaleiro com as pessoas que vêm de fora”, afirma Luiz André Martins, militar. “Eu concordo com ele: é um povo hospitaleiro e simpático. Tanto é que eu estou no Rio”, comenta Carina Nunes, gaúcha.

Os estudiosos do comportamento dizem que essa simpatia também pode ser chamada de cordialidade, uma palavra derivada de coração. Ou seja: ser simpático é agir de acordo com os impulsos que vêm do coração. Assim, o carioca quebra barreiras, rompe protocolos, derruba formalidades, pega no braço, puxa conversa e, daqui a um minuto, já é um velho amigo.

“O carioca, mais do que nascer no Rio, é um estado de espírito. O ser carioca reflete essa cordialidade, essa simpatia e essa vontade de estar mais próximo do outro”, define Wallace de Deus, antropólogo.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Minha missão

Quando eu canto é para aliviar meu pranto
E o pranto de quem já tanto sofreu
Quando eu canto estou sentindo a luz de um santo
Estou ajoelhando aos pés de Deus

Canto para anunciar o dia
Canto para amenizar a noite
Canto pra denunciar o açoite
Canto também contra a tirania

Canto porque numa melodia
Acendo no coração do povo
A esperança de um mundo novo
E a luta para se viver em paz

Do poder da criação sou continuação
E quero agradecer
Foi ouvida a minha súplica
Mensageiro sou da música

O meu canto é uma missão, tem força de oração
E eu cumpro o meu dever
Há os que vivem a chorar
Eu vivo pra cantar e canto para viver
Há os que vivem a chorar
Eu vivo pra cantar e canto para viver

Quando eu canto a morte me percorre
E eu solto um canto da garganta
E a cigarra quando canta morre
E a madeira quando morre canta



João Nogueira é foda..

Minha missão, eu hei de encontrar. Até lá eu sigo cantando.

domingo, fevereiro 01, 2009

Seco

Sexo casual é sempre bom
principalmente quando é feito num motel da lapa,
as 6 da manhã, depois de uma dose de Tequila.