sexta-feira, dezembro 30, 2005

Choderlos de Laclos

Possuirei aquela mulher; arrebatá-la-ei do marido que a profana; ousarei tomá-la ao próprio Deus que ela adora. Que delícia ser alternadamente o causador e o vencedor de seus remorsos! Longe de mim a idéia de destruir os preconceitos que a assaltam. Eles aumentarão minha felicidade e minha glória. Que ela acredite na virtude, mas para sacrificá-la a meus pés; que suas faltas a amedrontem sem poder detê-la; e agitada por mil terrores, não possa esquecê-los e dominá-los senão em meus braços. Então consentirei que ela me diga: 'Adoro-te'.

sábado, dezembro 24, 2005

Pra vc Lian..

O preto no banco
A branca na areia
O preto no banco
A branca na areia
Silêncio na praia
De Copacabana.

A branca no branco
Dos olhos do preto
O preto no banco
A branca no preto
Negror absoluto
Sobre um mar de leite.

A branca de bruços
O preto pungente
O mar em soluços
A espuma inocente
Canícula branca
Pretidão ardente.

A onda se alteia
Na verde laguna
A branca se enfuna
Se afunda na areia
O colo é uma duna
Que o sol incendeia.

O preto no branco
Da espuma da onda
A branca de flanco
Brancura redonda
O preto no banco
A gaivota ronda.

O negro tomado
Da linha do asfalto
O espaço imantado:
De súbito um salto
E um grito na praia
De Copacabana.

Pantera de fogo
Pretidão ardente
Onda que se quebra
Violentamente
O sol como um dardo
Vento de repente.

E a onda desmaia
A espuma espadana
A areia ventada
De Copacabana
Claro-escuro rápido
Sombra fulgurante.

Luminoso dardo
O sol rompe a nuvem
Refluxo tardo
Restos de amarugem
Sangue pela praia
De Copacabana...

Depois posto mais...

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Vinicius E A Aurora Boreal

A linha movel no horizonte
atira para cima o sol em diabolô
os ventos de longe
agitam docemente os cabelos da rocha
passam em fachos o primeiro automovel, a ultima estrela
a mulher que avança
parece criar esferas exaltadas pelo espaço
os pescadores puxando o arrastao parecem mover o mundo
o cardume de botos na distancia parece mover o mar

ahhhhhh e a aurora boreal dos nossos sonhos
continua a nos atormentar
trazendo as esperanças de um mundo melhor
junto com o medo do destino
que afoita os desalmados
e destroi a mais bonita flor

ahhhhhh eu ja nao sei o que esperar
se for pra seguir sentindo dor, é melhor parar
nao quero ter medo de viver, fora o medo de morrer
e a certeza de que tudo eh incerto nesse mundo

ainda nao raiou o sol
um dia me disseram para esperar o sol nascer
nós somos o sol e temos que tentarfazer com que essa luz venha a aparecer
e a mulher que um dia avançava agora esta sentada diante de sua vida
esperando a hora certa pra suplantar sua ferida
era-lhe o peso tão leve
era-lhe a mão tão macia
agora, so no silencio mais profundo
é que ela entende as dores do mundo

ahhhhhh e a aurora boreal dos nossos sonhos
continua a nos atormentar
trazendo as esperanças de um mundo melhor
junto com o medo do destino
que afoita os desalmados
e destroi a mais bonita flor

ahhhhhh eu ja nao sei o que esperar
se for pra seguir sentindo dor, é melhor parar
nao quero ter medo de viver, fora o medo de morrer
e a certeza de que tudo eh incerto nesse mundo
e a incerteza de querer continuar

do que valem as religioes,
filosofias políticas ou lutas?
se raul seixas aos 11
ja desconfiava da verdade absoluta?
e o poeta que nao morreu
deixou suas letras num navio
navio que atravessa as fronteiras
do que eh real ou complicado
sera que ele esta errado?
sera ele sincero?
serao os poetas sinceros?
sera a vida feita pra sobreviver?

ahhhhhh e a aurora boreal dos nossos sonhos
continua a nos atormentar
trazendo as esperanças de um mundo melhor
junto com o medo do destino
que afoita os desalmados
e destroi a mais bonita flor

ahhhhhh mas eu nao quero mais tentar
nao quero ter que enfrentar(confrontar) o que o homem fez
eu so quero poder ver
a aurora boreal ao menos uma vez.

terça-feira, dezembro 20, 2005

Vinicius

A linha móvel do horizonte
Atira para cima o sol em diabolô
Os ventos de longe
Agitam docemente os cabelos da rocha
Passam em fachos o primeiro automóvel, a ultima estrela
A mulher que avança
Parece criar esferas exaltadas pelo espaço
Os pescadores puxando o arrastão parecem mover o mundo
O cardume de botos na distância parece mover o mar.

quinta-feira, dezembro 08, 2005

Sombra

Sombras, estereotótipos do medo, incarnações do desconhecido, seres que apenas observam o destino de seus donos. Escravos do tempo que apenas por existir ja criam concepções ruins. Você tem medo
? O que é o medo
? O medo é apenas um preconceito do desconhecido, uma maneira facil de explicar o que você não entende. Assim como deus, adão e eva. O medo também é uma proteção, é instintivo. Mas se agirmos sempre por instinto, com medo, nos transformaremos em sombras, escravos do nosso proprio tempo, tempo esse que nos é roubado todos os dias nao so pelo sistema, mas também pelos sentimentos banais. O que vale a pena nesse mundo são os nossos contatos, as nossas experiências com outras pessoas. Dinheiro, pertences, bens, banalidades. As relações com as pessoas, eu me divirto observando os outros agirem, me posto como uma sombra nesse mundo, avaliando a capacidade dos outros de realizarem os seus desejos e, consequentemente, realizando os meus também. Ja senti muito medo, de varias coisas e tambem ja acreditei em muitas outras, ja citadas nesse post. Hoje eu vejo que so acredito em mim e na minha sombra, no meu subconsciente e no meu inconsciente. Não vejo mais o desconhecido com temor, me sinto instigado a descobri-lo(exceto pelos insetos e relaçoes homosexuais).
Texto merda.

quarta-feira, novembro 30, 2005

Dor

1,80 de altura, um sujeito cansado, de pele morena, esta subindo uma escada contínuamente. Ele nao sabe por que esta subindo nem onde irá chegar, ele só tem a certeza de que deseja muito alcançar esse seu objetivo. Não leva consigo nada, apenas uma pistola 9mm carregada com uma bala. Ele tem certeza de que terá que usar essa bala em alguém para chegar aonde quer. Os minutos se vão, as horas e nenhum sinal do fim dessa escada. O homem exausto para e tenta se lembrar quem é ou de onde veio, mas não tem acesso a nenhuma lembrança após a certeza de que tem que alcançar seu objetivo e isso causa a ele uma sensaçao imensa de vazio e incompreensão. Quando você se sente impotente quanto a alguma coisa, nao resta nenhuma opção alem de se fazer o que está sendo ordenado - isso é uma das piores sensações para o espírito - e ele resolve continuar a subir. O homem ja beira a loucura, sozinho e sem comer a um dia e meio, ele ja começa a ter alucinações e quedas na escada. Ele sente que cada vez que cai, parece que desce metade do caminho já percorrido.
Ele e sua arma.
A arma e sua única bala.
As únicas verdades presentes nesse relato abstrato.
Ele adormece. É acordado por uma luz fumegante no topo da escada, anteriormente sem fim. Estupefato com essa surpresa, o homem sobe o mais rapido que pode as escadas procurando se aproximar cada vez mais da luz que agora vai se tornando mais forte gradativamente, até que essa luz se apaga e ele se depara com o final da escada. O final da escada é uma porta que estava, supostamente, aberta e irradiando essa luz misteriosa e que agora se encontra trancada. O homem, ja desesperado, sente como se alguem arrancasse dele todo o esforço, toda a esperança, toda a vida que ainda restava pra ele trancando essa porta. Ele grita, bate, tenta derrubar porta, em vão. Até que se depara com a sua arma. Todo aquele tempo ele se esquecera de que tinha um objeto que poderia resolver seus problemas de uma maneira tão facil. Qual porta resistiria a um tiro de uma arma? Porém ele só tinha uma bala.
E se ele errasse o tiro?
E se a porta não se abrisse?
E se aquela bala não fosse para ser gastada assim?
Mais uma vez a incerteza, porém o homem ja desgastado e desesperado resolve apostar todas as suas chances nela, seu único instrumento de poder, sua única verdade em toda a caminhada até o topo dessa escada e ele atira, acertando a parte que tranca a porta na maçaneta. A porta se escancara e ele vê a luz novamente, porém essa luz ofusca parcialmente a sua visão, forçando a caminhar levemente até o espaço seguinte. Então ele passa pela porta, entrando em outro ambiente claro e quente, totalmente diferente da escada fria e mal iluminada onde estava. Ele começa a andar e se depara com um homem, de aparencia idosa e mal cuidada.
Ao chegar perto dele pergunta: - Que lugar é esse? Sera que você poderia me arranjar um pouco d'agua?
O velho então responde: - Água! Hehehe... Isso é o que menos temos aqui, nós estamos no inferno!
O homem incrédulo pergunta: - Inferno!?!? Como!? Por que!?!? Eu estava subindo uma escada até agora e quando chego no final dela você vem me dizer que estamos no inferno?
O velho olha calmamente o homem da cabeça aos pés, solta uma pequena gargalhada quase rouca e diz: - Você não tinha uma arma com você?
- Sim
- Essa arma era a única chance que você tinha de escapar desse destino, a única chance de reabilitar sua vida, você usou como chave para chegar aqui. Por isso que eu gosto dos humanos, criaturas que não tem o mínimo controle sobre suas emoções ou percepções, eu nem preciso fazer o meu trabalho, vocês mesmos se destroem. Agora seu corpo e sua alma são meus, é melhor se acostumar a dor.

sexta-feira, novembro 25, 2005

A Indecisão

Estou começando com meu terceiro blog na rede mundial de computadores. Porém esse é um blog diferente, feito com um único propósito: me fazer evoluir, gramática, poética, e filosoficamente. Ja usufrui de blogger e weblogger e resolvi escolher esse servidor pelo fato dele abrigar também o blog daquele que me inspirou a escrever na net.

Nele vou escrever minhas poesias, minhas letras de musica, minhas críticas, tudo que seja derivado da minha opinião sobre qualquer assunto.

Esse blog nada mais é do que uma extensão da minha mente transpassada para essa caixinha magica.