Sonhos, esses não envelhecem.
Pra onde vão me levar meus sonhos?
A você quem sabe. Até além.
Não sei se isso é isso que quero.
Não sei onde está ancorado o meu pensamento.
No real ou no abstrato, continuo perdido,
andarilho ilusório
contraditório.
Talvez o meu defeito seja não aceitar-me.
Não aceitar a vida.
Querer mudar algo que já nasce construido.
Batalhas que fazem o pensamento parar e se estagnar perante o livre arbítrio.
Eu posso ser quem eu quiser por isso sou ninguém, não por querer, mas por não me decidir.
Ilhado, no meio fio, em cima do muro, na corda bamba, quais outros adjetivos podem me qualificar?
Quem me julga? Além de mim mesmo e do destino.
É sádico.
É ilusório.
Efêmero eu diria.
Tempestades no copo dágua.
Furacões na minha cabeça.
Derrotado eu hoje.
Amanhã erguido pelo mesmo eu.
"Esse mesmo sangue derramado será o que forjará nossas armaduras."
Disse um colega meu um dia.
E no escuro eu vejo seu nome.
E na luz do dia tudo me cega.
E eu não sei como terminar isso aqui.
No fundo sempre há o desejo de que alguém cuide de nós.
Cuide no sentido de se preocupar, de dar atenção.
A eterna carência humana que gera trilhões de sentimentos que se juntam aos nossos conceitos pra formar nossa sociedade.
Eu preciso de carinho ou vergonha na cara.
Angústias de uma noite mal dormida.. mais uma... amanhã eu acordo melhor e posto uma música nova. Essa sim merece atenção a leitura.
kissescallme =**