quinta-feira, março 12, 2009

Sarkozy, a defesa e a Otan no século XXI

Não é de hoje que a minha preocupação em relação aos novos líderes mundiais vem crescendo de acordo com as medidas que são anunciadas na impressa por esses chefes de estado, porém, o meu foco de raciocínio era direcionado para nossos hermanos Morales e Chávez com suas reformas constitucionais que validam seu projeto de novo socialismo do século XXI, onde governam para seu próprio ego e concretizam suas nacionalizações relativamente contestáveis, principalmente no âmbito daquelas que afetam uma empresa estatal brasileira.

Mas após ler o noticiario de hoje, fiquei intrigado, será que ninguém percebe, fala, ou comenta que o Sarkozy é um retrocesso no pensamento do povo europeu? Ele com toda aquela pose de bonitão, ostentando a mega-modelo que canta, dança e ainda é primeira dama, tem todo o potêncial para esconder o regime de extrema direita que vem empregando em uma França que cada vez mais é consumida pelo ódio aos estrangeiros e vive o tal nacionalismo que já é marca registrada, porém, muitas vezes se confunde com preconceito e opressão àqueles de opinião divergente.

Saiu no jornal O Globo, ao lado da página que exibia uma imensa foto do presidente boliviano sorrindo com uma folha de coca na mão, a notícia: O presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou nesta quarta-feira o retorno da França à estrutura de comando militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Tudo bem que as razões principais para essa medida, segundo os críticos, seriam de querer maior protagonismo na construção da defesa européia e reforçar a posição negociadora da França, sobretudo na renovação do Tratado de Não-Proliferação Nuclear em 2010, além da aproximação "velada" aos EUA. No entanto, não deixa de passar pela minha cabeça a visão de que em tempos de crise mundial no sistema econômico, demissões em massa, revoltas trabalhistas, medidas protecionistas e tensões cada vez maiores e mais constantes no Oriente Médio, esteja formado o cenário perfeito para o surgimento de mais um líder catastrófico - isso porque nem sequer citei o Berlusconi - que leve abaixo qualquer iniciativa de "coexistencia mundial".

Enquanto isso, o príncipe Charles disse que é preciso conciliar o crescimento econômico com a proteção da natureza. A declaração foi dada em discurso no Palácio Itamaraty, no Centro do Rio, na tarde desta quinta. Numa sala com cerca de 150 pessoas, ele alertou que a atual crise econômica mundial tem mostrado que o antigo modelo industrial de desenvolvimento falhou, e que o desenvolvimento sustentável talvez seja a única maneira de guiar a economia daqui pra frente.

"Devemos encontrar maneiras de, simultaneamente, impulsionar a economia e proteger a natureza"

Quem diria né?

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